A história do salário mínimo no Brasil:
Vem melhorando, mas ainda não está justo
Por Débora Andrades
O
salário mínimo, no Brasil, aparece na década de 30, com a
promulgação da lei nº 185 (que institue as comissões de salário
mínimo) em 1936 e o decreto da lei em 1938. No dia 1º de Maio,
Getúlio Vargas fixou os valores do salário, que começou a vigorar
no mesmo ano.
Na época, eram quatorze salários diferentes e o do
Nordeste era quase três vezes menor do que o da capital do país
(Rio de Janeiro).
O
primeiro reajuste foi em 1943, seguido de outro em dezembro do mesmo
ano. Os aumentos eram calculados para recompor o poder de compra. A
unificação total do salário mínimo foi realizada em 1984. De
acordo com levantamentos do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor suficiente para o
sustento deveria ser de R$ 2.561,47 e não o atual de R$ 678,00
(março 2013).
O secretário da administração pública de Indaiatuba,
Núncio Lobo Costa, diz que “melhora a renda da população mais
pobre, mas o aumento do salário mínimo fosse justo (R$ 2.561,47)
aumentaria o custo para as empresas, que acabariam demitindo ou
contratando menos. O aumento do salário mínimo produziria efeitos
negativos sobre o desemprego, especialmente entre a população mais
jovem”.
Já
na opinião de Leonardo Regazzini, economista, “quando o salário
mínimo é reajustado, consequentemente o poder de compra das pessoas
aumenta, fazendo com que a economia entre no que chamamos de ‘círculo
virtuoso’. A população consome mais, há mais produção, mais
geração de empregos, maior arrecadação de impostos. Com maior
arrecadação, é possível investir mais em áreas importantes como
saúde e educação, melhorando a qualidade de vida da população”.
Para
Márcia Valéria Trevizan, do Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias de Vestuário, o
aumento não tem nenhuma relação com a política de reajuste dos
servidores e trabalha 5% acima do valor obrigatório, pois o piso
mínimo não seria suficiente para os funcionários das empresas.
A sindicalista ainda dá sua opinião: “um salário que ainda é calculado com 6 kg de banana por pessoa? É absurdo! Já passou da hora de isso ser revisto, não podemos fazer muito com o que a lei dá. O salário é péssimo, mesmo quando melhora. Os trabalhadores se viram como podem”.
A sindicalista ainda dá sua opinião: “um salário que ainda é calculado com 6 kg de banana por pessoa? É absurdo! Já passou da hora de isso ser revisto, não podemos fazer muito com o que a lei dá. O salário é péssimo, mesmo quando melhora. Os trabalhadores se viram como podem”.
Jefferson
Oliveira, como cidadão, finaliza: “Eu voto e, apesar de não
receber o salário mínimo, me indigno muito. Deram o ‘galinheiro’
para a ‘raposa’ tomar conta”.