sexta-feira, 11 de julho de 2014

Copa do Mundo

Troca de figurinha vira febre


Larissa Ferreira

Lançado na primeira quinzena de abril, o álbum da Copa do Mundo 2014 e a troca de figurinhas já viraram febre, independente do sexo, classe social ou idade.
Considerada a coleção mais aguardada do ano pela própria Panini, empresa oficial do álbum, em todo o país a procura de colecionadores é enorme. “Já prevíamos que a demanda seria grande. As pessoas vinham até a banca, em setembro do ano passado, querendo comprar”, conta o proprietário de banca, Antônio Moura.
Ele garante que grande parte das vendas são destinadas aos ‘marmanjos’. “Os mais velhos é que adquirem com maior frequência, pois compram muitas figurinhas de uma vez só. Diferentemente de pais, que trazem seus filhos e não querem gastar tanto”, diverte-se. “Acredito que o fator principal para a ‘febre’ é pela Copa ser realizada no Brasil”, diz.
Segundo informações da Panini serão distribuídos 8,5 milhões de álbuns por todo o país. Em Indaiatuba a movimentação de colecionadores também é grande. Existem grupos na rede social Facebook para essa prática. “Sou moderador do grupo Álbum da Copa do Mundo 2014 – Indaiatuba. Através de contatos via internet, marcamos em algum local para a troca de figurinhas”, relata o estagiário Maicon Felgueiras, de 23 anos. “Acredito que o importante de colecionar é a diversão, fazer novas amizades e futuramente mostrar para os filhos quais foram os jogadores que participaram da Copa 2014”, frisa.
Durante o final de semana é possível notar a movimentação de populares nas bancas da cidade, são os chamados encontros de troca. “A minha banca ainda não reúne o pessoal, mas já estou recebendo pedidos para ceder o local para troca. Conheço outros proprietários que já aderiram a essa febre, e ao passar em frente, podemos ver o grande número de colecionadores”, enfatiza Antônio.
Mas, engana-se que acha que a diversão tem custo baixo. O funcionário público, Tiago Servelin, de 27 anos, tem o hábito de colecionar desde pequeno e até o momento já gastou R$ 70 em uma semana, o que corresponde a 350 figurinhas. “O álbum da Copa desperta o desejo de completá-lo rapidamente, fazendo com que o investimento seja bem maior, em um tempo curto”, afirma. “Mas para quem tem paixão por essa prática, os gastos ficam em segundo plano. Por enquanto, estou dando sorte com as figurinhas. E se pegar alguma repetida, é gostoso ir até a banca e encontrar outras pessoas para fazer a troca”, relata.

Apesar da emoção ao colecionar, existem reclamações na internet sobre envelopes comprados que vinham com figurinhas para incluí-las em páginas de publicidade, dificultando a troca. “Sou apaixonado por futebol e adoro ficar na ansiedade de encontrar figurinhas com os atuais craques, como Neymar. Creio que colecionar é manter o registro de um período marcante, principalmente para o Brasil”, finaliza Maicon.

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