Troca de figurinha vira febre
Larissa Ferreira
Lançado
na primeira quinzena de abril, o álbum da Copa do Mundo 2014 e a
troca de figurinhas já viraram febre, independente do sexo, classe
social ou idade.
Considerada
a coleção mais aguardada do ano pela própria Panini, empresa
oficial do álbum, em todo o país a procura de colecionadores é
enorme. “Já prevíamos que a demanda seria grande. As pessoas
vinham até a banca, em setembro do ano passado, querendo comprar”,
conta o proprietário de banca, Antônio Moura.
Ele
garante que grande parte das vendas são destinadas aos ‘marmanjos’.
“Os mais velhos é que adquirem com maior frequência, pois compram
muitas figurinhas de uma vez só. Diferentemente de pais, que trazem
seus filhos e não querem gastar tanto”, diverte-se. “Acredito
que o fator principal para a ‘febre’ é pela Copa ser realizada
no Brasil”, diz.
Segundo
informações da Panini serão distribuídos 8,5 milhões de álbuns
por todo o país. Em Indaiatuba a movimentação de colecionadores
também é grande. Existem grupos na rede social Facebook para essa
prática. “Sou moderador do grupo Álbum da Copa do Mundo 2014 –
Indaiatuba. Através de contatos via internet, marcamos em algum
local para a troca de figurinhas”, relata o estagiário Maicon
Felgueiras, de 23 anos. “Acredito que o importante de colecionar é
a diversão, fazer novas amizades e futuramente mostrar para os
filhos quais foram os jogadores que participaram da Copa 2014”,
frisa.
Durante o
final de semana é possível notar a movimentação de populares nas
bancas da cidade, são os chamados encontros de troca. “A minha
banca ainda não reúne o pessoal, mas já estou recebendo pedidos
para ceder o local para troca. Conheço outros proprietários que já
aderiram a essa febre, e ao passar em frente, podemos ver o grande
número de colecionadores”, enfatiza Antônio.
Mas,
engana-se que acha que a diversão tem custo baixo. O funcionário
público, Tiago Servelin, de 27 anos, tem o hábito de colecionar
desde pequeno e até o momento já gastou R$ 70 em uma semana, o que
corresponde a 350 figurinhas. “O álbum da Copa desperta o desejo
de completá-lo rapidamente, fazendo com que o investimento seja bem
maior, em um tempo curto”, afirma. “Mas para quem tem paixão por
essa prática, os gastos ficam em segundo plano. Por enquanto, estou
dando sorte com as figurinhas. E se pegar alguma repetida, é gostoso
ir até a banca e encontrar outras pessoas para fazer a troca”,
relata.
Apesar da
emoção ao colecionar, existem reclamações na internet sobre
envelopes comprados que vinham com figurinhas para incluí-las em
páginas de publicidade, dificultando a troca. “Sou apaixonado por
futebol e adoro ficar na ansiedade de encontrar figurinhas com os
atuais craques, como Neymar. Creio que colecionar é manter o
registro de um período marcante, principalmente para o Brasil”,
finaliza Maicon.
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